Confesso que um dia eu também já pensei assim. Que bastava cruzar o Atlântico para enriquecer num passe de mágica, afinal, sempre via as pessoas viajando, aproveitando a vida…
Mas após imigrar e sentir na pele toda dor e delícia, quero contar uma coisa: imigrantes são pessoas normais que levam vidas absolutamente normais (e a maioria, uma vida até mais difícil do que tinha no Brasil). Trabalham, estudam, ficam doentes, não tem rede de apoio, limpam a casa, economizam, viajam.
Viajam “muito”? No caso dos que moram na Europa, por exemplo, é apenas uma facilidade geográfica. Os países são pequenos (enquanto o Brasil tem dimensões continentais), há uma gama enorme de facilidades para viajar: companhias aéreas de baixo custo (com passagens a 10 euros – ou menos!), trens, viagem de carro (apenas cruzando a fronteira)…
Morar na Europa, no Brasil, nos Estados Unidos… isso não diz nada. Tem gente que viaja muito e economiza o ano inteiro pra isso. Tem gente que não viaja (ou viaja pouco), mas gasta com outras coisas. Em qualquer lugar do mundo. Cada um prioriza o que acha importante.
Nós, humanos em constante aprendizado, caímos sempre naquela velha história da comparação, de sempre acharmos que a grama do vizinho é mais verdinha e brilhante do que a nossa. Mas poucos param pra pensar no tempo, atenção, cuidado que esse vizinho dedicou para o gramado dele ficar assim.
Então, o tom do verde que queremos pra nossa grama só depende de nós. E isso não tem nada a ver com riqueza ou imigração.
Plante seu jardim e cuide dele. O resultado será surpreendente!
Ótima semana, repleta de sonhos realizados!

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